Depois do anúncio feito em França, sobre a redução em 25 por cento da produção mundial de automóveis da Renault, já começaram as paragens em Cacia. Parte dos trabalhadores já foram informados que os contratos não serão renovados
A próxima paragem de produção na Renault de Cacia está prevista para o próximo dia 24, depois da primeira interrupção, na segunda-feira desta semana, na sequência do anúncio feito pela sede da marca do fabricante automóvel, em França, da redução da produção mundial em 25 por cento.
As próximas paragens, até final do ano, serão às segundas-feiras, como espera a Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de Cacia. Feitas as contas, serão quatro os dias de trabalho efectivo durante o mês de Dezembro, considerando as paragens esperadas no primeiro dia de cada semana, mais uma semana do mesmo mês, do plano de férias repartido, outros dias de paragens já previstos e, naturalmente, os feriados.
O representante da CT, Fernando Costa, disse ainda ao Diário de Aveiro que os trabalhadores estão preocupados com a redução das vendas de automóveis. “A manter-se a crise não há trabalho para os 1.100 trabalhadores” de Cacia, diz o elemento da CT, que se mostra preocupado com o facto de se poder vir a aplicar em Portugal o plano de saídas negociadas que se encontra em execução em França.
Além das paragens, a crise das vendas produzirá efeitos na dispensa de trabalhadores. Serão 30 dispensados quando terminarem os contratos a termo certo, os quais têm vínculo com a empresa até final do ano. Para o efeito, estes trabalhadores já foram informados que serão dispensados.
Quanto aos outros 30, que terminam o contrato a termo a meio do próximo ano, “há a expectativa” que os contratos sejam renovados, diz Fernando Costa, dependendo das encomendas que sejam feitas.
Quanto aos trabalhadores efectivos, esses não têm conhecimento de que os seus lugares se encontrem em risco. No entanto, há algum optimismo quando se espera a subida das vendas, particularmente dos novos modelos Megane e Laguna.
Mas, a crise na Renault provoca efeitos secundários nas empresas exteriores, que prestam serviço à marca, por isso Fernando Costa prevê ainda que nessas empresas haja uma “forte quebra” do número de trabalhadores.
João Peixinho
fonte: http://www.diarioaveiro.pt/
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