A criação da marca "Ria de Aveiro" para alguns dos peixes, bivalves e mariscos da região de Aveiro é um dos projectos que o grupo de acção costeira liderado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro vai apresentar.
A criação da marca "Ria de Aveiro" é uma aposta de valorização comercial que se pretende estender como referência nas redes de distribuição e comercialização e, também, na restauração, segundo disse aos jornalistas o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), Ribau Esteves.
A CIRA lidera o Grupo de Acção Costeira (GAC) "Ria de Aveiro", cujo contrato de reconhecimento e constituição no âmbito da candidatura ao Eixo 4 do programa ProMar, foi, ontem, assinado no Governo Civil de Aveiro na presença do secretário de Estado Adjunto, da Agricultura e das Pescas, Luís Medeiros Vieira.
O valor do contrato agora aprovado é de cerca de três milhões de euros, numa candidatura de cerca de cinco milhões e integra ainda a construção do novo Mercado da Costa Nova, segundo Ribau Esteves.
A promoção social das comunidades piscatórias, nomeadamente as duas maiores como são o caso de Costa Nova e Torreira, com a implementação de serviços sociais de proximidade e intervenções de valorização do papel da Mulher é outro dos objectivos do GAC da Ria de Aveiro.
Este grupo de acção costeira integra as Câmaras de Ílhavo, Aveiro, Ovar, Murtosa e Vagos, a Universidade de Aveiro, a Mutua dos Pescadores e as associações dos Industriais do Bacalhau, da Pesca Industrial e da Pesca Artesanal e dos Marnotos da Ria de Aveiro, para além de outras entidades.
Luís Vieira Medeiros lembrou que os auxílios a conceder a nível nacional atingem os 22 milhões de euros a fundo perdido e os que foram agora contratualizados atingem 11,3 milhões de euros, não só na região de Aveiro, como ainda no Litoral Norte, Mondego-Mar e Oeste.
"Pela primeira vez existe este programa para encontrar soluções para minimizar os impactes negativos da actividade da pesca", disse Luís Medeiros Vieira, que lembrou ser "um investimento de proximidade".
António Macedo, do Sindicato dos Trabalhadores de Pesca do Norte, que não esteve presente na cerimónia, afirmou ao JN que os sindicatos "foram excluídos de forma discricionária". "São medidas que podem ter algum interesse e reivindicamos a seu tempo a nossa participação nos GAC", frisou.(JN)
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