sábado, 4 de julho de 2009

Mercado de Aveiro,está a perder vendedores

O Mercado Manuel Firmino, no centro de Aveiro, que abriu renovado em Junho de 2007, está a perder vendedores, sinónimo da pouca afluência de público. Quem lá vender também se queixa do calor que estraga os legumes e frutas.

No espaço de dois anos, entre Junho de 2007, altura em que reabriu, e o passado mês de Junho, o Mercado Manuel Firmino perdeu oito bancas de produtos hortícolas.

"Isto não tem qualquer movimento, ou então é muito reduzido", desabafou, ao JN, Mário Gadelho, vendedor de produtos hortícolas no "Manuel Firmino". "Venho de Vagos para aqui e tenho dias em que faço de receita seis a dez euros", disse, lamentando que alguns problemas do mercado, como o intenso calor que se faz sentir nos dias mais quentes, ainda estejam por resolver.

"No outro dia até aconteceu que fui multado pela MoveAveiro, quando tinha a carrinha com as portas abertas e estava a fazer a carga para me ir embora. Em três minutos, veio o fiscal e passou-me a multa de 30 euros, mas como paguei a pronto foram só sete euros", lamenta Mário Gadelho, pedindo "bom senso".

O vereador Carlos Santos, responsável pelo pelouro dos mercados, confirmou ao JN a redução de postos de venda nos últimos dois anos no "Manuel Firmino".

"Em Junho de 2007 havia 45 bancas, em Dezembro de 2008 havia 40 e em Junho passado existiam 37 bancas", disse, salientando que "este decréscimo não é significativo se devidamente enquadrado".

"O mercado esteve muito tempo encerrado e, este facto, aliado à oferta trazida pela grandes superfícies e a crise que temos vivido em nada beneficiam o comércio tradicional. O quadro que existe em relação ao Mercado Manuel Firmino é comum aos mercados idênticos que existem no país", acrescentou.

O autarca disse, ao JN, que a Câmara tem prevista uma intervenção para "arrefecer" o interior do mercado, com a aplicação de um ventilador industrial na cobertura "que vai permitir a extracção do ar quente".

"Esta solução foi apresentada aos utentes do mercado e acreditamos que resolverá definitivamente o problema", frisou, lembrando que as medidas de ventilação aplicadas no ano passado no "Manuel Firmino" foram insuficientes. (JN)

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